JAIR GRAMACHO
Nasceu em Santa Maria da Vitória (BA), em 2 de janeiro de 1930. Professor universitário, funcionário público, tradutor, poeta. Trab. na Biblioteca Nacional, na Universidade da Bahia, no Instituto Nacional do Livro, na Universidade de Brasília. Pert. à Associação Nacional de Escritores, cofundador. Partic. das antologias A novíssima poesia brasileira, 1962, org. de Walmir Ayala; Poetas de Brasília, 1962; e Antologia dos poetas de Brasília, 1971, ambas org. de Joanyr de Oliveira. Bibl.: Sonetos de Edênia e de Bizâncio, 1959. Faleceu em 7 de setembro de 2003.
Ver também: EXIT DILUCULO. Nota e tradução do poeta Jair Gramacho. http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/EXIT%20DILUCULO.html
Veja também: TRADUÇÃO DA ODE I DO LIVRO I DAS ODES DE HORÁCIO:
OLIVEIRA, Joanyr de, org. Poetas de Brasília. Brasília: Editora Dom Bosco, 1962. 107 p 16 x 22cm.
Ex. bibl. Antonio Miranda
SOBRE UM PAI MORTO
Por um tramar de estranhas circunstâncias
Ânsias e sonhos se acumulam sobre
O acúmulo sonhado das aranhas.
No abandono do quarto jaz silêncio,
Não porque está somente, mas em frente
De mim jaz morto — coroada a fronte.
E é meu, como meu corpo, minha veste,
Neste sozinho quarto de horizontes
Parco, e inda como meu chapéu deserto.
Mas não só meu: também estranho e alheio.
Como a presença dos ausentes. Choro
Sobre as flores que a fronte me coroam.
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Página publicada em junho de 2021
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